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sábado, 25 de setembro de 2010

Breve Hitórico da Cunicultura


     O coelho doméstico descende do coelho selvagem (Lepus cuniculus), não havendo dúvidas ou controversias a este respeito.
     Não há diferença apreciável na forma, fisiológica ou hereditária entre o coelho silvestre e o coelho doméstico.
     Com exceção do cachorro, nenhum outro animal sofreu tantas e tão profundas transformações com a domesticação quanto o coelho.
     Teve ele, com a domesticação, um aumento progressivo de peso, até atingir 9 quilos, o que significa 5 vezes mais do que o peso do coelho silvestre.
     Os primeiros dados referentes à criação do coelho e sua exploração datam dos tempos mais remotos, entretanto a sua origem é muito discutida.

     Alguns afirmam ser o coelho originário do sul da Europa, e que só muito depois foi introduzido nos outros países. Entretanto, muitos afirmam ser o coelho proveniente do sul da África, de onde passou para a Europa, daí se propagou logo com rapidez por todo o Continente.

     Nada sabemos ao certo quando foi domesticado este roedor, entretanto parece que os romanos foram os primeiros a criar os coelhos, em liberdade, em grandes parques. Mais tarde, as primeiras tentativas da domesticação do coelho foram iniciadas nos conventos, onde os monges da Idade Média foram os primeiros propagadores da cunicultura em alojamentos e gaiolas, por toda Europa, principalmente na Bélgica, França, Inglaterra de onde essa criação do coelho se espalhou pelo mundo todo.
     No Antigo testamento, é chamado de SPHAN o Hirax siriacus, animal semelhante ao coelho e muito espalhado nas regiões montanhosas da Arábia, Palestina e Síria, o que o levou os fenícios a denominarem de Sphania, que significa costa dos coelhos, à região em que desembarcaram, hoje Espanha, pois aí encontram grandes quantidades desse animais que eles confundiram com aquele roedor do Oriente.
     Estrabão, o grande geógrafo grego, chamou  a Hispania, hoje a Espanha, de cuniculosa, dizendo que aí, os coelhos se multiplicava tão rapidamente que se tornaram um perigo para os habitantes

     Somente muitos anos depois é que a criação do coelho foi introduzida nos Estados Unidos e Canadá, países estes em que a cunicultura alcançou o seu maior desenvolvimento. Nos Estados Unidos, o centro da criação de coelhos está situada na Califórnia, onde são encontradas as maiores granjas, cujos animais são enviados para todo país, não só como reprodutores para início de criação, como também abatidos, cuja carne é destinada aos hospitais, hotéis e casas de carne. Durante a última guerra mundial, muitos países que tinham dificuldades em adquirir carne para o mercado interno, incentivaram o povo a dedicar-se à criação de coelho. Nos Estados Unidos, por exemplo, a criação doméstica do coelho passou a ter um caráter industrial, pois devido ao consumo cada vez maior da carne que não estava sujeita aos cartões de racionamento, as criações foram aos poucos aumentando a produção para melhor atenderem ao mercado consumidor.

     No Brasil, a criação de coelho bem orientada, organizada e com fins comerciais começou a aparecer a partir de 1957 no Estado de São Paulo, após a 1 Exposição de coelhos realizada na cidade de Leme, patrocinada pelo Departamento de Produção Animal da Secretaria da Agricultura.

     A partir desta data, temos em nosso País  um grande número de granjas, que se dedicam à exploração de carne e pêlo do coelho, além da venda de reprodutores da alta linhagem.
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