domingo, 11 de julho de 2010

Doenças que podem afetar mini coelhos


Observação: Se o seu coelho apresentar qualquer sinal de doença procure um veterinário ele saberá melhor orientá-lo quanto a cura do seu animal.
Doença Hemorrágica Viral (DHV)
Causa: infecção por calicivírus.
Transmissão: contacto directo e indirecto (insectos, aves, mamíferos, objectos contaminados, etc.)
Sintomas: pode ser assintomático, mas havendo sintomas poderão ser neurológicos (excitação, falta de coordenação) e/ou hemorragias pelo nariz ou outros orifícios naturais.
Manifestação da doença: cerca de 48h após contágio.
Prevenção: vacinação (deve ser feita no primeiro mês com reforço no segundo, sendo depois administrada de ano a ano) e controlo de insectos e objectos contaminados.
Mixomatose
Causa: infecção por poxvírus (fibroma de Shope).
Transmissão: principalmente por vectores (mosquitos, pulgas, etc.), mas também por contato direto.
Sintomas: corrimento nasal, olhos congestionados e inflamados com secreção purulenta, edemas .generalizados (principalmente em redor da cabeça, como nos olhos e orelhas).
Manifestação da doença: 5 dias a uma semana após contágio.
Prevenção: vacinação (a partir de um mês de idade com reforços de 6 em 6 meses) e controlo de insetos
Patologia Dentária – alterações dentárias
Causa: hereditárias, congênitas ou adquiridas (alimentação, trauma, deficiências durante o crescimento).
Sintomas: dada a natureza reservada dos coelhos, muitas vezes é difícil diagnosticar. Contudo podem ser observadas alterações no comportamento como beberem e/ou comerem menos. Deve-se estar atento pois quando se detecta já se pode estar na presença de infecções ou inflamações graves.
Patologias associadas: devido ao relacionamento com outras estruturas anatômicas – abcessos, rinites, sinusites, alterações oculares e alterações neurológicas.
Diagnóstico: exame oral completo (podendo ou não levar anestesia) e exames auxiliares (como radiografias)
Tratamento: de acordo com o que é observado o tratamento passa por correção de um sobrecrescimento de dentes, a excisão de abcessos, remoção dos dentes afectados e outros procedimentos de acordo com o grau de envolvimento de outras estruturas da cabeça.
Sucesso da intervenção: depende do diagnóstico precoce, dentição afectada e alterações já presentes.
Pasteurelose – infecção respiratória
Causa: infecção por Pasteurella multocida (é uma bactéria comensal, ou seja, habita habitualmente no organismo dos coelhos, mas torna-se perigosa em situações em que as defesas imunitárias estão diminuídas).
Sintomas: alterações respiratórias, abscessos e infecções do sistema reprodutor (abortos, infecções uterinas, orquites e mamites) e em situações mais graves septicemia (infecção generalizada) e mesmo a morte.
Prevenção: reduzir ao mínimo situações de stress/medo, evitar contato com coelhos “suspeitos”, prevenir o aparecimento de outras doenças que possam fragilizar a sua saúde, evitar colocar os coelhos a temperaturas baixas ou expostos a vento.
Tratamento: administração de antibióticos.
Toxoplasmose
Causa: parasita protozoário designado Toxoplasma gondii (tem o gato como hospedeiro definitivo, e o homem e outros animais como hospedeiros intermediários).
Transmissão: comida ou água contaminada, pulgas e piolhos
Sintomas: febre, falta de apetite, prostração, muita sede, abdômen de tamanho aumentado, emagrecimento, anemia, diarréia fétida de cor esverdeada ou com sangue e convulsões (poderá existir paralisia da região posterior).
Diagnóstico: análise direta (através da identificação do parasita nas fezes) ou indireta (através de análises ao sangue para detecção de anticorpos específicos).
Tratamento: administração de antibióticos.
Sarna – dermatite
Causa: ácaro Sarcoptes scabiei (pode ser transmitido ao homem).
Primeiros sinais de alarme: o focinho do coelho que é geralmente limpo e brilhante, apresenta-se coberto com um pó branco, semelhante à farinha, assim como as suas patas. Isto acontece porque o coelho, ao sentir a irritação produzida pela picada do parasita na cabeça, procura coçar o local.
Sintomas: forma crostas duras, de cor amarelo-cinza na cabeça do coelho, principalmente na boca, olhos e nariz, estendendo-se nos casos graves às patas e órgãos genitais. Lábios apresentam-se consideravelmente inchados e o coelho não pode alimentar-se devido à dor e à dificuldade que sente ao mastigar. Com isto o animal emagrece, enfraquecendo até morrer.
Diagnóstico: análise das substâncias presentes na pele do animal.
Tratamento: o tratamento deverá ser adequado a cada caso, sendo relativamente fácil se tratado antes da doença atingir a cabeça.
Sarna Auricular
Causa: uma infecção parasitária ocasionada por dois parasitas, Psoroptes communis e Chorioptes cuniculis, os quais se localizam dentro do ouvido do coelho.
Sintomas: forte irritação, no interior de um dos ouvidos do coelho, seguida de inflamação e formação de uma secreção espessa, que em poucos dias torna-se serosa e amarelada. Com a continuação da doença, há formação de crostas ou escamas de cor amarelo-pardo, aderentes à parte interna da orelha fechando completamente o ouvido do animal, pelo que os coelhos inclinam a cabeça para o lado doente, procurando coçar com as patas a orelha atacada.
Tratamento: o veterinário indicará o tratamento mais adequado a seguir.

Parasitas externos – pulgas e piolhos
Sintomas: queda do pêlo no dorso do animal e na cauda, pois, para atenuar as picadas do parasita o coelho procura coçar as partes atingidas, arrancando ele próprio o pêlo destes locais.
Tratamento: desparasitação externa com Advantage 40 ou Stronghold (NUNCA usar Frontline) e tratamento das zonas afetadas.
Indigestão
Causas: excesso de comida, excesso de ingestão de produtos verdes e posterior fermentação (o que provoca gases) ou ingestão de plantas tóxicas.
Sintomas: estômago endurecido e o ventre inchado, agitação e o coelho deixa de comer.
Torcicolo ou pescoço torto (head tilt)
Causas: deficiência de Vitamina B, otites, tumor cerebral, AVC, trauma à cabeça ou pescoço, infecções por bactérias e na grande maioria devido a uma infecção parasitária, por E. Cuniculi..
Sintomas: o coelho, nestas condições, torce a cabeça para um lado, dando a impressão que os músculos estão continuamente em contracção; o animal anda com grande dificuldade, girando frequentemente sobre um mesmo lado.
Tratamento: o tratamento pode passar por injecções de vitamina B, antiparasitários, tratamento da patologia que originou o torcicolo…
Acaríase
Causa: Psoroptes cuniculi (no pavilhão auricular), Cheyletiella parasitivorax e Listroporus gibbusé (próprios do pêlo).
Transmissão: contacto directo com os hospedeiros infectados, crosta de descamação ou material de cama contaminado.
Sintomas: acumular de secreção serosa e de crostas castanhas no pavilhão auricular, áreas sem pêlos, húmidas e vermelhas, torcicolo, arranhões, escoriações, pêlos arrepiados, úlceras de pequena ou grande extensão.
Diagnóstico: a ser feito pelo veterinário.
Tratamento: o tratamento deve ser específico e dependente do ácaro em estudo. Receitas caseiras devem ser abolidas pois muitas destas receitas possuem princípios tóxicos.
Anorexia
Causa: patologia dentária, privação de água, temperaturas extremas, dieta não palatável ou imprópria, alteração brusca da dieta, má oclusão, dor, perda de olfacto, stress, distúrbios metabólicos, toxemia, tricobezoar, neoplasia, factores mecânicos que impedem o acesso à comida, mudança brusca de alimentação ou do próprio comedouro ou bebedouro.
Sintomas: perda de peso ou deficiência no ganho de peso, susceptibilidade a doenças devido à diminuição de resistência, desidratação, perda de ninhadas e morte.
Prevenção: alimentação limitada (1 ou 2 vezes ao dia) ou administração de uma dieta com alta concentração de fibras.
Tratamento: utilização de alimentos adocicados ou os mais aceites, troca dos componentes da dieta e/ou bebedouros e comedouros, administração de polivitamínicos ou esteróides anabólicos, tratamento específico da anormalidade que causou a anorexia.
Obesidade
Causa: dieta inapropriada (excesso de ração, falta de feno, excesso de calorias), inatividade.
Sintomas: peso exagerado para a constituição óssea, barriga a tocar no chão, papos de gordura no pescoço, camada de gordura à volta do corpo de modo que não se consigam sentir as costelas.
Prevenção: alimentação limitada (1 ou 2 vezes ao dia), administração de uma dieta com alta concentração de fibras (especialmente feno em detrimento de ração), obrigar o coelho a exercitar-se
Tratamento: dieta rica em feno e pobre em ração, exercício obrigatório.
Encefalitozoonose
Causa: parasita intracelular obrigatório (protozoário), Encephalitozoon cuniculi.
Transmissão: contacto da urina com a mucosa oral é a mais importante via de transmissão, embora a contaminação oral-fecal, respiratória e transplacentária também possam ocorrer.
Manifestação da doença: esporos aparecem nos rins 31 dias após a inoculação e são excretados na urina até três meses após a inoculação.
Sintomas: retardamento no crescimento, tremores, torcicolo, paralisia, convulsões e morte.
Prevenção: utilização de bebedouros tipo garrafas ou automáticos, comedouros apropriados e gaiolas adequadamente limpas.
Diagnóstico: exame minucioso do paciente, radiografias do crânio e cultura de secreções otológicas.
Tratamento: antiparasitários.
Canal lacrimal preguiçoso
Causa: canal lacrimal entupido (poeira, sujidade…).
Sintomas: o coelho chora muito de um ou dos dois olhos.
Prevenção: não usar areia como litter, evitar ambiente com poeiras, lavar os olhos com soro para evitar acumulação de poeiras.
Diagnóstico: exame do coelho.
Tratamento: lavagem com soro fisiológico e massagem do local (durante uma semana, após isso levar imediatamente ao veterinário se os sintomas persistirem).

Desinteria - infecção intestinal.
Causas: pode ser provocada tanto por amebas como bactérias.
As desinterias são ocasionadas por diversas causas, e aparecem mais freqüentemente nos coelhos durante a época do desmame.
Contágio: contacto directo, alimentos fermentados ou sujos, excesso da forragem verde de alimentação, intoxicações alimentares, parasitas intestinais, os alojamentos húmidos e calor intenso.
Sintomas: pêlos em volta do ânus sujos de fezes moles, ventre inchado, perda de apetite, bebem muita água, olhos baços e pêlos arrepiados.
Tratamento: reposição de água e sais e antibióticos.

Um comentário:

  1. õ meu coelho, tem perda de apetite,não urina,as fezes dele é mole e nem sempre ele faz,ele ñ bebe agua!!!
    ele ta mt fraco,chega a tremer,ele ñ consegue mecher a pata esquerda de tras...
    ja tentei fazer d td p ele comer e beber...mas num tem geito!!!
    vc pode me dar alguma ajuda pfv?
    obg pela sua atenção!!!

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